Absolutismo
O antigo Regime, também conhecido como Absolutismo, foi um sistema político que defendia que uma pessoa, o rei, deveria deter todo o poder sozinho; suprimindo assim qualquer liberdade e dando condições para o despotismo. Esta teoria foi defendida por muitos pensadores como: Maquiavel, Hobbes, Bossuet, Bodin e Grotius.
Cada monarquia manifestou de uma maneira o absolutismo. Porém, nenhuma teve tanta expressão quanto à França de Luís XIV. Ele era conhecido como o "Rei-Sol" e reinou de 1643 a 1715.
Quando assumiu o trono, o tesouro francês estava perto da falência;no entanto, as coisas não melhoraram com o seu reinado. Ele gastava dinheiro desmedidamente, construindo; por exemplo, o palácio de Versalhes. Enquanto isso; o povo, literalmente, morria de fome.
Com seu sucessor não foi diferente, Luis XVI. Sua mulher, Maria Antonieta, ficou conhecida pela frase: “ Se não têm pães, que comam brioches ! ”, que ela teria dito quando o povo faminto gritava por que não tinha nem um pedaço de pão. Em fim, tanto Luís XVI como Maria Antonieta viviam completamente isolados do povo e sem dar a mínima importância para ele.
Naquela época, havia um intenso crescimento demográfico. Este deveria ser acompanhado pelo crescimento econômico, mas não foi isso que aconteceu. A burguesia encontrava grandes obstáculos nas altas tarifas. Aliado a isso, houve uma baixa produção agrícola agravada por fenômenos climáticos, o que resultou na escassez de comida e na alta do pão.
A crise chegou a tal ponto que o regime tornou-se insuportável para os franceses. Luís XVI e sua esposa acabaram na guilhotina.
Iluminismo
O povo já estava esgotado do autoritarismo e o abuso do poder real, bastava apenas um incentivo, uma inspiração para explodir a mais famosa revolução. E esta motivação deu-se com o iluminismo.
Nos séculos XVI e XVII, começou a haver um desenvolvimento da burguesia. Com o tempo, tornou-se claro que a dinâmica capitalista e o absolutismo não poderiam coexistir. Iniciou-se;então, um período de duras críticas ao antigo regime, dando origem a novos valores e ideais.
Pensadores como Galileu, Descartes, Maquiavel,opuseram-se às teorias religiosas. As descobertas de Isaac Newton, com o princípio da gravitação, e o pensamento político de John Locke que iguala todos os homens pelo direito à vida, à liberdade e à propriedade; ajudaram a reforçar que o homem independia de uma interferência divina e que, portanto, o poder não deveria ser justificado por isso. Além desses, outros filósofos como Voltaire, Diderot, D’Alembert e Montesquieu foram precursores da Revolução Francesa.
A Revolução Francesa
Além dos gastos desenfreados pela corte, a França também se envolveu em inúmeras guerras como a Guerra dos Sete anos(1756-1763) e na independência dos Estados Unidos (1776-1781). Isso resultou numa crise econômica sem precedentes.
Mesmo falido o governo continuava mantendo os privilégios da nobreza e do clero, tendo que sustentar o seu luxo. Sem poder, no entanto, aumentar os impostos sobre a população já esgotada.
A sociedade era formada pelo:
· O Primeiro Estado: Clero – alto - bispos, arcebispos e cardeais, possuíam cerca de 20% de todas as terras do país – e baixo- padres, mas que não pagavam impostos.
· O Segundo Estado: Nobreza - de espada - tradicional de linhagem feudal - e togada - plebeus enriquecidos que compraram títulos. Eram os donos de um terço de todas as rendas do país e tinham os mais altos cargos do Judiciário, da burocracia, do clero e do exército.
· O Terceiro Estado: todo o resto da população, incluindo a burguesia. Embora, os burgueses com o dinheiro comprassem cargos e títulos, seus negócios eram muito atrapalhados pelos impostos e pedágios que encareciam a circulação de mercadorias. As camadas inferiores eram formadas pela plebe das cidades, os sans-culottes.
1º e 2º estado sobre o 3º
Podemos notar que, embora a burguesia fosse essencial para o Estado, ela era marginalizada pela sociedade de classes francesa.
3º estado carregando os outros 2
Na metade do século XVIII, Luís XVI cometeu seu pior erro, que foi reforçar o direito exclusivo da nobreza aos altos cargos da administração e do exército. Isso foi intolerável para o Terceiro Estado.
Em 1787, desesperado com a falta de dinheiro, o rei Luís XVI tentou criar um imposto a ser pago pela nobreza e isso causou uma reação muito grande. Os nobres não admitiam perder seus privilégios.
A partir daí, os conflitos de interesses entre burguesia e nobreza foram cada vez mais constantes, culminado na revolução francesa.
Paris havia se transformado num barril de pólvora, com a autoridade do rei sendo desobedecida, o povo começava a tomar consciência do seu poder.
No do dia 14, os revolucionários tomaram Bastilha sem ter quem os enfrentasse. Os invasores desarmaram os soldados, se apoderaram da pólvora e libertaram os prisioneiros.
A queda da Bastilha foi o sinal para a revolução municipal na França, que fez repetir em todo país o que acontecera em Paris. As cidades instalaram novas autoridades, seguindo o modelo da capital. Então; finalmente, em 1795 a burguesia toma o poder e governa por meio de um Diretório formado por 5 membros eleitos pelos deputados.
Napoleão
O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos, internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros.
A figura que se sobressai no fim do período é a de Napoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Em 1799, com apoio de dois diretores e de toda a grande burguesia, suprimiu o Diretório e instaurou o Consulado, dando início ao período napoleônico.
Em 1807, Napoleão estava no auge do seu poder. Há três anos havia se declarado imperador dos franceses. “Eu não sou herdeiro de Luis XIV, sou herdeiro de Carlos Magno”, escreveu ao seu ministro de relações exteriores. Ficam claras neste trecho as pretensões de Napoleão, ele não queria apenas governar a França queria estar no poder de um grande império, neste caso, toda a Europa. E Portugal estava incluída nesta lista.
Fontes:
sites
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa (08/06/08 11:30h)
http://br.geocities.com/temasescolares/revofrancesa.doc (08/06/08 11:30h)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_XIV_de_Fran%C3%A7a (08/06/08 13:00h)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo (08/06/08 13:30h)
http://mundoeducacao.uol.com.br/iluminismo/ (08/06/08 14:00h)
Livros:
1808, Laurentino Gomes, Planeta
Hisória Geral, Esaú e Gonzaga
História Geral, Cláudio Vicentino, Scipione